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Empreendedorismo aplicado ao Mercado Infantil

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Nunca antes se ouviu falar tanto em empreendedorismo como agora. A economia aquecida, a variedade do mercado interno e o grande público consumidor fez com que o momento se tornasse favorável para os empresários e pessoas que pensam em se arriscar no mundo dos negócios. Além de fatores como esses, a revolução tecnológica pelo qual estamos passando contribuiu para que as oportunidades de sucesso aumentassem.

Hoje, as tecnologias já estão mais que inseridas nesse meio, algumas microempresas nascem em um cenário virtual e as grandes empresas, por sua vez, fazem o uso desses avanços como diferencial na imensa competitividade do ramo empreendedor. A compra e venda pela internet, por exemplo, é um dos modelos mais adotados por este tipo de empreendedorismo. Denominado como empreendedorismo digital, consegue abranger a todos os setores do mercado consumidor.

No entanto, são as crianças que vem chamando mais a atenção destes empresários digitais. Como um público cada vez mais disputado, as crianças oferecem uma gama de possibilidades a serem exploradas.

De acordo com dados do SEBRAE, divulgados na Feira do Empreendedor Bahia em outubro de 2013, o mercado infantil movimenta 50 bilhões por ano, fazendo com que supere, muitas vezes, o mercado adulto. Um dos principais motivos apontado como causa para isso foi o acesso, cada vez mais cedo, dos pequenos a tecnologia e a informação, pois já que conectados com mais frequência, eles possuem mais “poder de decisão”.

Entretanto, dizer que as crianças possuem poder de decisão mais aguçado a partir de noções coletadas pela internet pode dar vasão a muitas discussões, principalmente ao que se refere ao consumismo desenfreado, mas que, de maneira geral, nos ajudam a entender porque o empreendedorismo digital possui mais efeito sobre as crianças do que em outros grupos.

Por mais que o acesso a ferramentas digitais seja considerado característico desta geração de nascidos no século 21, aos quais os sociólogos e especialistas chamam de nativos digitais, definidos, basicamente, pela rapidez com que se adaptam as mudanças tecnológicas e pela capacidade de já saberem mexer nas mídias digitais; eles ainda são por si só, extremamente influenciáveis. Por estarem ainda em formação, não discernem com clareza os valores morais que lhes são repassados, o que acaba refletindo de diversas formas na construção de opinião e comportamento deles.

A partir disso, a televisão, um meio de interatividade considerado mais passivo adota, como complemento, a internet. Ela foi aproveitada para estabelecer o contato das crianças com as propagandas e marcas que aparecem na TV, através de meios lúdicos como os jogos.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2009 pela Norton On Line Report, dos doze países consultados, o Brasil é o lugar onde as crianças gastam mais tempo online, o que nos mostra o enorme potencial que os empresários possuem com este público quando se encontram em consonância com este veículo de comunicação.

Além disso, o posicionamento dos pais quanto à tecnologia na vida dos filhos foi um requisito importante para que o empreendedorismo digital se fortalecesse no meio infantil. Com a decisão de ter menos filhos, as casas passaram a ser menores e a falta de espaço e de companhia para os pequenos constante. Devido a isso os pais adotaram as mídias eletrônicas como forma de entretenimento para seus filhos.

Logo, o individualismo foi se fazendo presente no mundo das crianças e favorecendo a atuação destes marketings digitais. O próprio quarto é um dos lugares onde eles mais têm acesso a TV e a internet, e muitas delas preferem navegar, jogar videogame e assistir TV, sozinhas.

Os produtos que são vendidos para este público na internet, por sua vez, são os mais diversos. Eles variam desde brinquedos, roupas, material escolar e livros, até aplicativos para seus dispositivos.

O E-commerce de moda infantil chegou a movimentar 640 milhões em 2013, segundo dados da ABIT (Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção), sendo que 15% do setor de moda está voltado ao público infantil.

Para obter este sucesso, os empreendedores digitais precisaram chamar a atenção da criançada, o que se torna um dos principais desafios neste tipo de marketing, já que no mundo infantil, tudo é muito veloz e dinâmico.

As crianças de hoje possuem a capacidade de realizar várias coisas ao mesmo tempo e por isso estão sempre ligados às novidades. Por meio de conteúdos interativos, relevantes, personalizados e adaptados, as marcas vão prendendo o interesse a ponto de eles sentirem a vontade de adquirir aquele determinado produto. Já existe uma infinidade de aplicativos que atendem exclusivamente a este demanda.

No empreendedorismo digital do mercado infantil, os empresários souberam identificar o momento mais propício para se inserir e desenvolver seus negócios, e isso, portanto, foi o diferencial. Aproveitaram o Boom da economia e tecnologia para atrair clientes e agora, o mundo infantil, oferece tantas oportunidades para as marcas especializadas neste público quanto qualquer outro setor do mercado adulto.

Sobre a autora:
Aline

Aline (alinerodrigues@sautlink.com) é estudante e apaixonada na arte de escrever e pesquisar histórias e fatos. No Grupo Sautlink é colaboradora da área de Comunicação, Conteúdo e Mídias Digitais.

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