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Educação em Gestão do Conhecimento

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Sempre ouvimos falar, de tempos em tempos, sobre alguma novidade corporativa, ou de alguma ferramenta tecnológica que aumenta e melhora os resultados de uma empresa, independente de sua área. Recentemente o Big Data foi divulgado, um mecanismo que, conforme sua atuação, se torna extremamente essencial para a vida destes empreendimentos de muitas maneiras, porém, tem outra coisa, talvez ainda mais necessária do que o Big Data, que vem ganhando cada vez mais destaque neste mundo empresarial: A gestão do conhecimento. Muito mais do que um simples modo de encarar as metas que uma organização tem a bater, é ela que define, muitas vezes, o futuro da empresa dentro de seu setor.

O termo adaptado para Gestão do Conhecimento (knowledge management) é apenas um jeito encontrado para especificar a grande cadeia de relacionamentos que uma empresa deve ter para alcançar bons méritos, onde várias disciplinas e processos estão envolvidos entre si de modo que um passa a depender parcialmente do outro para que todo o conhecimento guardado dentro da empresa, com um gerenciamento adequado, seja repassado.

Mas conseguir discernir qual a relação do conhecimento com os tipos de gerenciamentos existentes não é algo tão fácil. Antes de qualquer coisa, é preciso ter claro na mente o que o conhecimento em si significa para uma empresa e, para isso, levar em consideração o tipo de sociedade em que estamos agora, é o melhor caminho: Uma sociedade em que todos são minimamente habilitados ao mundo tecnológico, que qualquer fato social pode, facilmente, se expandir para o resto do mundo e onde a concorrência está cada vez mais acirrada em diversos âmbitos da vida, se torna compreensível e completamente normal ter a detenção de conhecimento valorizada, pois além de ser a saída para resolução de muitos problemas, é ele que, no final das contas, fará toda a diferença. A par de fatores como esses, entender o papel do conhecimento nesta modalidade de gerência, digamos assim, passa a fazer muito mais sentido.

No entanto, ao contrário do que se pensa quando entramos em contato com este termo pela primeira vez, o conhecimento não é só aquele que adquirimos através do estudo, por exemplo, todos nós somos um berço para diferentes formas de conhecimento, ou seja, todos o possuímos e temos a capacidade de acumular muito mais dentro de nós. Os nossos valores, comportamento e habilidades são um destes conhecimentos que carregamos com a gente ao longo da vida e, quando passados por etapas gerenciais determinadas serão agregados a empresa da melhor maneira possível, fazendo com que outros novos valores se construam aos poucos dentro dela. Desse modo, a gestão do conhecimento parte do princípio da divulgação, implantação e agregação de valores provenientes de muitas fontes a uma organização.

A estratégia que antes era adotada por algumas empresas, de guardar o segredo de seu sucesso, foi ultrapassada pela ideia da distribuição do conhecimento para todos os funcionários, colaboradores e setores da empresa. Todos devem possuir as informações necessárias para o bom funcionamento empresarial, gerando qualidade e rapidez em todas as etapas. Pense numa enorme rede de mercados como exemplo, imagine se cada funcionário soubesse um pouco de cada função? Nãos seria mais prático para todos, tanto cliente quanto o trabalhador?

A questão da divisão de responsabilidades devido a esta melhor comunicação interna, aumenta exponencialmente o desempenho da empresa. Além do mais, as pessoas que trabalham em corporações que fazem uso destes conceitos se sentem mais valorizadas a partir do momento que passam a ser consultadas e a emitir opiniões em assuntos de extrema relevância para a empresa. Consequentemente ficam mais comprometidas, eficientes, dedicadas e o serviço certamente sai com mais qualidade.

Em contrapartida, alguns desafios são bem presentes no momento de colocar a gestão em prática, como a dificuldade de encontrar as habilidades e valores que poderão ser agregados a empresa dentre os inúmeros colaboradores, como incentivar a criatividade e atrair as pessoas com competências que a empresa julgue imprescindível para o sucesso dela e encontrar uma maneira de reter tudo isso e divulgar para os outros funcionários posteriormente.

Tomando como guia estas dificuldades, alguns processos básicos neste tipo de gerenciamento foram criados, sem isso, não há como fazer a devida manipulação do conhecimento. Entre eles estão o que denominamos como Inteligência competitiva, gestão de capital intelectual, gestão de competências e gestão da informação.

A etapa de Inteligência competitiva tem a ver com o monitoramento da concorrência e dar a devida atenção às atualidades e tendências do mercado, isso ajuda na criação de planos e decisões acerca destes conjuntos de informações coletadas. Já a Gestão do Capital Intelectual diz respeito ao modo como se aplica o capital para a obtenção do conhecimento, isso acaba gerando mais produtividade e certamente mais lucro. Gestão de Competências e de Informação estão ligadas ao modo como as habilidades são identificadas e usadas nas estratégias já traçadas e de como as informações serão estruturadas e distribuídas a partir disso.

Mas analisando estas etapas, tidas como as principais neste tipo de gestão, podemos perceber que, diferentemente da primeira impressão que geralmente temos, ela não sobrevive em função do conhecimento e sim das pessoas que o detém, são as pessoas o grande ponto inicial de tudo isso e quando falamos em pessoas não significa que são uma ou duas, mas sim de um coletivo que possa, de alguma forma, ser integrante da empresa e não apenas fazer parte dela. Ajudar, se empenhar, contribuir e batalhar são ações de uma pessoa que está integrada à empresa e essas ações por sua vez, quando direcionadas corretamente, poderão ser repassadas a todos os outros integrantes.

E com tudo isso num mundo onde todos estão tão preocupados com seus próprios problemas que se esquecem dos outros, a Gestão do Conhecimento trás de volta os princípios da coletividade, no entanto, sem deixar de enfatizar o próprio individual, tratando de transformá-lo no primeiro passo para se chegar num grupo que estará unido por um só conhecimento.

E na verdade, o conhecimento sempre foi valioso em tudo na vida, no entanto, ele nunca foi tão útil como agora. E nesta busca desenfreada por ele, se sairá melhor quem souber dar a devida importância ao que as pessoas a sua volta tem a oferecer.

Sobre a autora:
Aline

Aline (alinerodrigues@sautlink.com) é estudante e apaixonada na arte de escrever e pesquisar histórias e fatos. No Grupo Sautlink é colaboradora da área de Comunicação, Conteúdo e Mídias Digitais.

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